sábado, 4 de dezembro de 2010

A realidade do Rio de Janeiro

Mais de trinta anos de abandono da segurança pública do estado e federal, só poderia dar nisso, um quartel do trafico lotado de entorpecentes e armas. Fico otimista quando vejo uma integração como esta, mas sei que não é um mar de rosas e enquanto a policia do Rio continuar ganhando um salário de miséria e o efetivo da policia rodoviaria federal continuar escasso, as armas e drogas continuarão a entrar no estado, graças a lei de OFERTA e PROCURA.
Ninguém que tenha um mínimo de neurônios afirma que os problemas do Rio foram resolvidos com a ocupação do Alemão. Mas, objetivamente, são duzentas e poucas armas longas a menos pra atirar contra nós, e centenas de outros tipos de armas que poderiam ser utilizadas contra pessoas indefesas e inocentes. Um verdadeiro arsenal de guerra! Se a polícia retirasse 200 armas dos bandidos por semana, no natal de 2011 poderíamos andar pelas ruas da cidade sem medo.
Não se pode negar os benefícios que essa ação trará, principalmente se impedirem novas "importações" de armamento do Paraguai e da Bolívia, principais fontes de abastecimento dos traficantes.
Este momento é importante para que a sociedade exija ações dos governos como maior fiscalização de nossas fronteiras, salários dignos para os profissionais de segurança pública, e um serviço de inteligência que realmente funcione. Temos um efetivo nas forças armadas bem grande e ainda assim drogas e armas entram em nosso País livremente, policiais corruptos engrossam as fileiras dos quartéis. E o serviço de inteligência? não consegue identificá-los?
Defendo que ações como as do morro do alemão e vila cruzeiro sejam realizadas em todo o Estado, e que policiais corruptos sejam presos. E, principalmente, que os serviços públicos cheguem as comunidades e lá permaneçam, que as crianças e jovens das camadas mais pobres tenham a alternativa de receber ensino de qualidade e empregos.
Pois, só assim daqui alguns anos perceberemos o resultado dessas ações conjuntas, o problema é que tudo o que é bom, para os mais pobres, não dura( somente até a proxima eleição, ou até os partidos aliados romperem).